

Por BGamer
Análise Fable the Journey

A famosa série Fable apresenta um título exclusivo para o sensor Kinect. Com valores de produção elevado, esta nova aventura falha apenas na sua essência, a detecção de movimentos. Peter Molyneux já não se encontra na Lionhead Studios, mas o seu legado pretende continuar a brilhar, nomeadamente a série Fable, uma das principais joias do Xbox 360.
The Journey é um spin-off da série principal, deixando de ser somente um RPG no mundo aberto de Albion para se transformar numa aventura on rails. Sendo um exclusivo Kinect, tudo o que precisarão para viajar por este mundo de fantasia são as mãos, simulando gestos como o controle das rédeas de uma carroça, a abertura de arcas de tesouro e, claro, o uso de feitiços.
Infelizmente, a premissa deste título é exatamente o seu principal defeito: a detecção de movimentos do Kinect. Existem falhas ou demora de resposta nas gesticulações, tornando-se uma experiência cansativa e algo frustrante, principalmente quando o caos se instala nas batalhas e os inimigos se amontoam na tela
Confira algumas imagens do jogo:










É de fato uma pena que a Lionhead não tenha refinado os controles, quando estes são a essência de uma aventura onde nem sequer movemos diretamente o personagem. Ver a carroça bater no cenário porque a câmara não nos vê levantando a rédea é uma oportunidade desperdiçada.
Uma jornada épica
Mas Fable: The Journey, ainda que com os problemas referidos e sendo uma experiência linear e algo repetitiva, não é um jogo ruim. A narrativa é cativante, centrando-se na relação de amizade e companheirismo entre Gabriel e a sua fiel égua, separados do seu grupo no início da aventura. Durante a sua jornada, o jovem irá encontrar personagens que o ajudarão na sua causa, antecipando um destino épico para ambos.
A aventura tem lugar 50 anos após os eventos de Fable III e, no caso de ainda terem o save desse jogo, os eventos derivados das decisões dos jogadores irão refletir-se em The Journey, tais como a mudança do ambiente dos mesmos locais que iremos visitar.

Ao longo da jornada, Gabriel irá aprender novas magias, ao mesmo tempo que acumula experiência para as melhorar. Entre bolas de energia com uma mão, poderão mover objetos telecineticamente com a outra, podendo arremessá-los contra os inimigos. Existem chefes para derrotar, entre outras criaturas que requerem a combinação de magias para serem vencidas, como um brutamontes de escudo, a quem é preciso arrancar o escudo da mão primeiro.
Vale a pena?
Com cenários muito agradáveis, uma trilha sonora envolvente e diálogos muito bons, The Journey poderia ser bem melhor, se a detecção dos movimentos fosse correta pelo Kinect. Assim, é mais um título com grande potencial tornado numa experiência frustrante e cansativa.


APROVADO
- Gráficos
- Trilha Sonora
- Evolução de poder
REPROVADO
- Campanha Linear e Repetitiva
- Sensor Kinect
- Ausência de qualquer modo multijogador online
NOTA
5