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Por Ígara Ferreira

Análise: Assassin´s Creed III - Liberation

- Cenários detalhados

- Personagens carismáticos

- Sistema de troca de personalidade

REPROVADO

- Vários bugs

- Inteligência Artificial fraca

NOTA

8,8

Imagine um jogo que veio para extrapolar as expectativas e você terá Assassin's Creed Liberation. Produzido pela Ubisoft Sofia, temos o primeiro jogo da saga onde a protagonista é uma mulher, Aveline de Grandpré. Uma mestiça, filha de pai branco e mãe escrava, ela possui um carisma único, nunca visto antes.        

Uma garota que se mostra atenciosa e simpática perante as pessoas que gosta ou ajuda, como também uma guerreira muito habilidosa e destemida em frente aos seus inimigos.

Nessa história contamos com um ingrediente a mais que objetivos a serem cumpridos do clã dos assassinos, ela está em busca do paradeiro de sua mãe que desaparece logo no começo do jogo, quando jogamos com uma Aveline ainda criança. Sua mãe era amante do seu pai e a garota foi criada por ele e sua madrasta, ambos a tratando muito bem como uma perfeita dama em meio a cidade de Nova Orleans.

Num mundo aberto como já estamos acostumados, a aventura acontece por meio de vastos mapas de cidades diferentes, não chegam a ser tão grandes como os jogos do Playstation 3, mas não ficam muito atrás. Esbanjando os gráficos do portátil, Liberation pode se equiparar a grandes títulos como Uncharted: Golden Abyss, podendo até ser considerado melhor pelo incrível número de detalhes. Seus cenários são extremamente bem moldados, da cidade aos pântanos.



Algo que chama a atenção são as árvores, que Aveline pode atravessar por sobre elas, assim como faz nos telhados, só que de maneira mais divertida e realista. Pois quando você pensa que irá cair no chão ou de cara num tronco, ela se equilibra por meio da árvore com as mãos e se joga para seu próximo apoio. É algo simples, mais ao mesmo tempo fantástico, pois a produtora soube fazer toda nossa trajetória de uma forma bem real nos mínimos detalhes, como sair correndo e ao se deparar com um troco ela deslizar por baixo automaticamente e não parar com a correria.

Porém a jogada de mestre foi o sistema de personalidades, uma pequena cabine em alguns pontos do jogo que permitem a você trocar os trajes da protagonista, podendo optar em se tornar uma Lady, com roupas típicas da época, Aveline pode passar despercebida entre a multidão e seduzir soldados ou cavalheiros pelas redondezas e fazê-los a defender ou quem sabe, servir como um disfarce para passar despercebida. Também podendo se vestir de escrava e se infiltrar em meio a escravos de algum lugar que você queira entrar ou de assassina que irá melhorar ao máximo suas habilidades no combate.



O jogo se encontra na época da independência dos Estados Unidos, igualmente o Assassin's Creed 3 representado por Connor. Então evidentemente possuímos um estoque mais variado de armas, incluindo finalmente armas de fogo da época, que deveriam nos trazer uma maior dificuldade durante as missões, mas na verdade não, pois nos deparamos com uma inteligência artificial bastante inofensiva, o que facilita e muito o modo furtivo, talvez até demais. Acredito que a IA subestima a dama assassina que existe na palma de nossas mãos.

A trilha sonora foi bem escolhida, somos constantemente rodeados de melodias que condizem com a época e que nos proporcionam uma vontade a mais de prosseguir com o jogo. Mas não apenas as melodias, como os efeitos sonoros também foram bem trabalhados, o som da água é perfeito e o som ambiente o mesmo. A região pantanosa é bem interessante, podemos nadar e mergulhar em regiões mais fundas, porém o efeito da água saltando sobre as braçadas no nado, parecem mais fumaça do que algo líquido.



O modo multiplayer é algo primitivo, chegando a lembrar um jogo de tabuleiro, só que em alta definição, pode até possuir alguns aspectos interessantes, mas nada que vá prender muito a atenção do jogador. Já as habilidades que o aparelho possui foram bem humildemente relacionadas ao gameplay, tornando seu uso algo muito básico, como saquear uma pessoa em movimento deslizando o sensor de toque traseiro ou remando em cima de um bote, utilizando o mesmo movimento, nada de extraordinário, mas nada que também tenha feito alguma falta.

Legendado em português brasileiro o jogo se torna mais viciante do que de costume, pois podemos acompanhar perfeitamente cada conversa e entender todo e qualquer menu ou tutorial, trazendo uma experiência muito bem vinda em um portátil e colocando Assassin's Creed III Liberation, mesmo com seus defeitos, como um dos maiores lançamentos do ano.

APROVADO

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